quinta-feira, 24 de março de 2011

Situação do País

Já nem sei o que pensar. Não sei se a demissão do Senhor Engenheiro foi bom ou mau. Já estávamos mal e agora acho que vamos para pior. Dói-me a alma saber que os meus filhos, que ainda nem sequer nasceram, já vão ter dívidas. E agora então, com a MUITO provável entrada do FMI já estou a ver o meu futuro a andar para trás. Devido a alguns problemas pessoais, interrompi a matricula no 11º. Quando começar a estudar de novo vou ter de começar do 10º, mas com disciplinas já feitas. O que significa que só irei ter o 12º quando ter 21 anos. Quando chegar a essa altura já tenho de ter carta (porque a minha família assim o quer) e já tenho de viver sozinha, porque sinceramente já não vejo a minha mãe me sustentar depois de completar os 18. E quando acabar o 12º vou ter de arranjar um trabalho, para poupar para um mestrado. (não, eu não quero uma licenciatura, quero um mestrado) O que significa que só conseguirei ir para a universidade quê? Aos 28? E saio de lá quando? Aos 35? E enquanto tudo isso acontece tenho de manter as minhas opções em aberto. Tirar cursos, e ter muito boas notas, tudo para o currículo. Mas sinceramente estou com um certo receio da situação que se abateu agora no meu país me fazer falhar nos planos. E já disse para mim própria, se aos 40 não ter emprego, eu crio o meu emprego, nem que para isso eu tenha de pedir na rua. Até podia falar da geração à rasca, mas não quero.
Eu acho é que sou da geração do empreendedorismo, do conhecimento, das poucas hipóteses. E sinceramente, chateia-me imenso que tenha sido a geração dos meus pais que tenha levado o país para esta situação. Não me agrada nada a incerteza do emprego. Eu vou lutar pelo sucesso que a minha família não teve.

(não quero imigrar, pois este foi o país onde nasci, e vai ser neste país que eu quero fazer a diferença, nem que seja a plantar batatas)

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