Quando somos crianças, amamos os nossos pais mesmo que eles nos batam, nos magoem psicologicamente, ou nos ignorem... Nós, momentos depois vamos ter com eles, e abraçamo-los de novo porque gostamos deles, mas gostamos mesmo.
Este amar não é para sempre. À medida que crescemos esta capacidade de amar os pais independentemente do que fazem vai diminuindo e vamos ficando mais sensíveis a qualquer reacção mais violenta... Qualquer ofensa é imediatamente rematada a gritos.
É preciso saber-se educar uma criança muito bem para não chegar à adolescência e lembrar-se a sair de casa a cada discussão.
Aos 16 tive uma depressão que ainda se mantém. Quando fui a uma psicóloga ela logo me disse que tinha demasiada pressão em cima, e quando falou com a minha avó logo lhe disse que precisava que abrandassem o ritmo, a verdade foi que mal cheguei a casa enervei-me logo.
A verdade é que fiquei ainda pior, e a verdade é que ponderei um suicídio. Felizmente tive sempre bons amigos do meu lado.
Há dias fomos todas a um médico e ele disse logo: És tão nova para isto.
Quando foi a vez da minha mãe disse: Quem passou a quem? A filha à mãe, ou a mãe à filha?
Sim, a verdade é que a culpa disto tudo é dela. As birrinhas, as culpas, as ameaças... Tudo isso alimenta ainda mais a depressão que tenho em cima. E estou farta.
Não há pinga de amor nesta casa, e agora com 17 anos só quero a saída deste inferno o mais rápido possível.
A todos os pais, não tratem mal os filhos, eles deviam ser a razão dos vossos sorrisos e não das vossas discussões. Não é para se tratar uma criança como um boneco, mas o boneco como uma criança.
Amar os filhos é essencial para eles vos amarem no futuro.
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