quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Trocas

Eu sou uma pessoa que acredita no destino. Que nada acontece por acaso. E as trocas incomodam-me. Fazem-me crer que a vida brinca connosco e ainda se ri à gargalhada.
Hoje em dia trocamos tudo. Tanto objectos como pessoas. Trocamos uns livros, trocamos roupa, trocamos sapatos, filmes e casa.
Mas, quase sem darmos por isso trocamos os amigos. Aqueles que conhecemos desde da faculdade, ou até mesmo da primária, e trocamo-los por pessoas novas, mais sociais, mais importantes. Esquecendo efectivamente o quanto importante, para nós, era esse amigo. Já fui trocada muita vez. E odiei a sensação. E sim, já troquei, mas nunca me esqueci. E magoa-me ver pessoas a serem trocadas. Pensando bem, até podemos ter conhecido um amigo espectacular durante um período que estávamos bem, ele para nós era tudo o que precisávamos, mas chegou uma altura em que tudo se arruinou para nós, e ele, pura e simplesmente, abandona-nos e troca-nos por novos amigos. E assim acabamos por ficar ainda mais deprimidos.
Agora eu penso outra coisa. Se me trocaram por uma pessoa mais alegre, mais compatível, menos teimosa e etc, é porque a outra pessoa ainda tá pior que eu. Tem uma auto-estima tão baixa, e uma necessidade social tão grande, que não consegue manter um relacionamento sério com uma pessoa que "lhe é inferior".
Há quem precise da "fama", mas muita vez não tem o proveito que quer. Eu nunca tive fama, mas tirei o proveito de toda a gente que me passou pelas mãos.
Não deixei ninguém para trás só por chorar uma ou outra vez. Não deixei ninguém para trás só porque há rumores que são isto ou aquilo. Se deixei para trás, é porque eu própria não me identifico com tais características. De resto, amigos para mim são poucos, mas aqueles que são verdadeiros, não me esquecem.

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