Apesar de tudo, o tempo todo que tenho estado em casa, tem servido maioritariamente para avaliar situações, relações e projecções de futuro.
Uma das situações mais que frequentes é o Assédio sexual permanente. Eu não morro sem meter um tarado em tribunal. E podia ter acontecido o ano passado, mas teve sorte.
Juro, que há alturas que isso me aumenta o ego, mas há outras em que só me apetece enterrar no chão. Ou dar uma chapada bem forte em alguém. E eu não sou violenta, no dia-a-dia, fora do contexto sexual controlado.
Relações. Admito que já abandonei muita gente, mas agora, simplesmente não quero ninguém, porque quantas mais pessoas estarem incluídas no meu circulo, mais chatices eu tenho. E eu não estou para me chatear. Há alturas que sinto saudades, há outras alturas que sinto repulsa, mas não me esqueço do que prometo e se prometi uma boa chapada ao cabrão que me deixasse de falar depois de toda a diversão, eu dou-lha.
Projecções de futuro. Aqui é que o caso se torna sério. Sou uma rapariga de planos a longo prazo, gosto de ter tudo delineado pelo menos para um ano. O que fazer, as prioridades, as mudanças que podem acontecer. Tudo. E ponho sempre várias hipóteses para não me sair o tiro pela culatra. Gosto de pesquisar pelas coisas, e tento sempre me informar sobre tudo.
As pessoas que me vêm por ai pensam que eu sou alguém que simplesmente deixou de viver, ou segundo a minha avó, que perdi a inteligência toda. Mas não. Eu continuo com objectivos de vida, claro que atrasados, mas não cancelados. E sim, pondero uma mudança para Línguas e Humanidades, já que é nisso que sou realmente boa. Geografia, Línguas e Estatística. Não morri com a depressão, ela apenas me fez ver que o Mundo e as nossas opções podem mudar. E mais importante, sem saúde não há vida bem vivida.
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