sexta-feira, 12 de abril de 2013

Não posso negar que a tua ausência me faz sentir fraca e indefesa. Estava habituada a ter-te por perto para mim. Depois de meses a refletir sobre nós, ainda não sei o que mudava, do que sinto mais saudades ou o que quero de novo. Só sei que ainda te amo. Não encontro razões explicitas para isso, mas aconteceu.
Já vi e revi as nossas antigas conversas dezenas de vezes, e nunca me canso de sentir esta adrenalina. Este sentimento que me faz sentir tão dividida. Quero de novo os teus olhos, o teu sorriso, o teu calor. No entanto, ao ver-te é quase reflexivo virar a cara. Não aguento a dor de ter de olhar para o teu rosto sabendo que não lhe posso tocar, que não te posso voltar a beijar e a sentir-te perto de mim.
Estes últimos tempos têm sido especialmente difíceis  tu continuas a conversar comigo e toda essa presença me faz questionar o que tu verdadeiramente sentes. Na verdade, tento arranjar explicações para já não estares por perto, e maioria das vezes vejo que a culpada fui eu. Devia ter dito o que sentia na altura. Devia ter aceitado todos os teus pedidos.
Também sei o que aconteceria se eventualmente voltasse para ti, iria ser criticada e espezinhada. Afinal de contas era entregar-me ao lobo mau. Enganaste-me uma vez e nada te impede de me enganares uma segunda vez.
Enquanto isso, eu só passo os dias a recordar, a imaginar, a querer e a sentir isto que não quero sentir.

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