terça-feira, 23 de abril de 2013

Remake

Sei que ao início quando criei o blog era suposto expor as minhas ideias em determinado assunto. Mas a escrita sempre foi um meio para exprimir o que sentia. Gosto de escrever o que sinto, porque alivia tudo o que carrego. Independentemente de criticas.
Não sei o que se passou. Sábado estava tudo planeado para correr bem, um dia excelente e fácil, mas no fundo foi das coisas mais difíceis que tive de aguentar e fazer.
Talvez porque na Sexta te vi. Estava pouco preparada, mas era o que queria. Ver-te e sentir-te de novo. Pensei que não me afetaria em nada pois não me senti mal com o que fiz.
Tentei resistir no Sábado e sobrevivi a todo o medo e pânico que teimava em vir ao de cima.
Mas, ao chegar segunda as coisas já não foram tão fáceis assim. Aquele pânico incontrolável voltou, e com ele voltaram medos, sonhos perdidos, a perda da pequena chama de vida que havia em mim.
Sei que hoje tenho amigos que me apoiam, não importa o que aconteça, mas é algo de uma dificuldade que não se consegue explicar. É uma sensação que nos destrói por dentro. É nestas alturas que quero desistir. Porque desistir é mais fácil do que enfrentar os problemas. Eu sei que é isso que todos pensam, e eu também  Mas na minha perspetiva desistir significa acalmar o coração. Significa dar um tempo. Significa mais uma introspeção para ganhar coragem para as pequenas coisas do dia a dia.
O medo de enfrentar o mundo lá fora torna-me fraca. Aquele mundo de arrogância, de espirito critico, de más decisões, de amores e desamores... É um mundo demasiado pesado para mim.
Já o disse e volto a dizer, mas quando somos crianças, tudo nos parece fácil, inocente e tudo o que acontece é só mais um momento menos feliz, mas quando se chega à idade em que tudo começa a fazer sentido, o fardo pode ser demasiado pesado para aguentar.
Hoje as lágrimas são as minhas melhores amigas, refletem muito do que sinto. Uma incapacidade que vai contra o que eu desejo. Sonhos perdidos.

Sem comentários: